terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Alimentando a razão de becos sem saída.

A chuva do lado de fora da casa, cai como uma imensidão de lágrimas do céu, que tem apenas um anúncio a fazer: o dia não será consideravelmente bom e nem ruim, e é essa falta de perspectivas que vem sufocando-me nos últimos dias.
Eu acordei apegada às lembranças, sentindo uma saudade imensa do que já passou e tento conformar-me com tal perda. Mas depois de você nada continou bem, não é possível disfarçar e é extremamente inevitável que as lágrimas manifestem-se em minha face a cada citação do teu nome que chega aos meus ouvidos. O destino foi injusto e tirou-me a pessoa que eu mais amava, que eu tenho certeza que só traria alegrias para a minha vida. Agora eu me encontro sem rumo, os meus sentimentos sempre tão claros, encontram-se embaralhados.
Não há mais pelo que e nem porque lutar, eu nunca me vi sem esperança alguma e tão mal assim. Eu desisti de batalhar e o meu coração às vezes, aparenta apenas apresentar espaço para sofrimento e desilusão, que encobrem o brilho dos meus olhos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Onde as sobreposições desencontram-se de quaisquer forma de limites

É como se você dominasse os meus pensamentos e como se a tua ausência tenha levado tudo o que restava em meu coração e agora não existesse mais nada nesse sofredor.
Há algo que eu vejo em você que eu desejo, que tem que ser meu; é um tipo de mágica, uma hipnose que me arrasta diante dos teus olhos e me deixa sem ar, sem chão e completamente sem noção e reação.
As minhas esperanças realmente esgotaram-se. Mas agora (mesmo diante da desistência de todas as coisas que um dia foram consideradas importantes para mim), eu encontro em todas as luzes que iluminam essa escuridão a fé para continuar a ao menos tentar voltar a mim e me fazer parar.
Hoje eu resolvi que sairia, dançaria e tentaria me divertir. Resolvi que não seria, pelo menos por um dia, a garota que perdeu um amor e que chora pelos becos sem consolo algum. Entretanto, por mais que eu tenha me esforçado ao máximo para conseguir parar de relembrar o passado ao menos um momento, eu não consegui.
A verdade é que a minha vida faz cada vez menos sentido desde quando a minha morte se fez presente em teu interior, eu posso vê-la enterrada em suas lembranças.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Uma flama frágil e envelhecida

Algumas fotografias, um presente, uma lembrança e os pensamentos distantes de todo o mundo. As minhas inacabáveis lágrimas chegam até as feridas abertas por esse desamor e eu já nem sinto a minha auto-destruição. Tudo que eu percebo é um vazio, uma vontade de gritar procurando por alívio, mas tudo que eu consigo é sussurrar o teu nome.
Parada diante do teu retrato, é como se a tua voz e a paz que os teus olhos me traziam estivessem presentes no momento; como se o 'nós' ainda existisse em meio ao verde do parque e as coisas ao meu redor não perdessem a cor a cada toque das minhas mãos.
O meu interior está morrendo sem o seu jeito de embalar-me, sem as histórias e as manhas sem limites, sem o calor dos teus braços para me aquecer, sem a fragrância que cada abraço trazia, sem o poder das tuas palavras e o pudor dos teus beijos.
A verdade que transborda dos meus olhos é que eu não sei viver sem ter você e que a cada dia em que fico sem notícias dos seus passos, eu perco cada vez mais a vontade de levar qualquer coisa a diante. Venha me trazer o alívio, eu não consigo procurar por outros destinos ou caminhos, eu sei apenas querer-lhe bem.
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